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Gestação e saúde ocular do bebê


 
Mulheres que consideram fazer a cirurgia bariátrica precisam fazer uma suplementação alimentar apropriada antes de engravidarem. Segundo estudo publicado pelo oftalmologista Glen Gole do Royal Children’s Hospital, na Austrália, a cirurgia de redução do estômago pode causar uma deficiência de vitamina A tão grave, capaz de tornar uma criança cega, antes mesmo do nascimento.
O estudo, “Malformação ocular em um recém-nascido secundária à hipovitaminose A materna”, foi publicado na revista da Associação Americana de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo.
Cole documentou o caso de uma mulher que realizou a cirurgia bariátrica sete anos antes de engravidar. Com apenas nove semanas de gravidez, a mãe foi diagnosticada com grave deficiência de vitaminas A, D, K e de ferro. Quando a criança nasceu, o bebê apresentava malformações significativas em ambos os olhos. E aos noves meses, uma eletrorretinografia revelou outra deficiência orgânica. Apesar do tratamento, a criança apresenta atualmente uma baixa de visão.
“O caso ilustra muito bem a importância da vitamina A para o desenvolvimento normal dos olhos do feto, especialmente para mulheres que desejam engravidar e se submeteram à cirurgia bariátrica”, destaca o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Em 2005, o Conselho Federal de Medicina aprovou a Resolução CFM N° 1.766, estabelecendo as normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, técnicas cirúrgicas, condições hospitalares necessárias e a equipe de profissionais habilitados não só no procedimento cirúrgico em si, mas também na seleção de pacientes a serem operados, no seguimento pós-operatório e durante a vida destes pacientes.
A cirurgia para tratamento da obesidade, em suas várias técnicas, é chamada em linguagem médica de cirurgia bariátrica. Ela está indicada para os pacientes com obesidade grave, também chamada obesidade mórbida – pacientes com IMC = 40kg/m2, ou 35kg/m2 quando já apresentam complicações da obesidade.
Esse procedimento alcança uma perda de peso variável, na dependência da técnica utilizada e das características individuais dos pacientes, chegando a reduzir, segundo algumas estatísticas, de 68 a 78% do excesso de peso no primeiro ano na modalidade cirúrgica mais utilizada, a cirurgia de Capela.
Importância da vitamina A
Como cerca de 50% das cirurgias para tratamento da obesidade são realizadas em mulheres em idade fértil, muitas delas com grande dificuldade de engravidar – antes da cirurgia bariátrica – devido aos vários problemas causados pela obesidade que afetam a ovulação, é muito importante disseminar entre estas mulheres a informação que as técnicas classificadas como by pass desviam o alimento de importantes rotas absortivas e podem levar à deficiência de vários micronutrientes importantes para à saúde materno fetal.
“As deficiências nutricionais idealmente deveriam ser identificadas e tratadas antes da concepção. E durante a gestação, além da manutenção dos cuidados e suplementações já iniciados, há a necessidade de se intensificar as doses das vitaminas e minerais”, destaca a oftalmopediatra do IMO, Maria José Carrari.
A vitamina A é um micronutriente essencial para diversos processos metabólicos, como a diferenciação celular, o ciclo visual, o crescimento, a reprodução e o sistema imunológico. “Apresenta especial importância durante os períodos de proliferação e rápida diferenciação celular, como na gestação, período neonatal e infância”, destaca a médica.
A deficiência de vitamina A, DVA, é uma doença nutricional grave e uma das mais freqüentes causas de cegueira prevenível em crianças, além de contribuir para o aumento das mortes e doenças infecciosas na infância.
“A falta de vitamina A provoca a queratose – pele áspera e seca – e pode levar à xeroftalmia, cuja forma clínica mais precoce é a cegueira noturna, por meio da qual a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados. Uma das manifestações mais acentuadas da xeroftalmia é a mancha de Bilot”, explica a oftalmolpediatra do IMO.
Estima-se que 10 a 20% das gestantes sejam acometidas pela cegueira noturna, sintoma da deficiência de vitamina A, e que a mesma se associe com risco cinco vezes maior de mortalidade materna nos dois anos pós-parto.
“As gestantes com cegueira noturna e DVA também parecem estar mais predispostas às intercorrências e complicações gestacionais, tais como aborto espontâneo, anemia, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, náuseas, vômitos, falta de apetite e infecções do trato urinário, reprodutivo e gastrointestinal. Neste contexto, a suplementação de gestantes que apresentam esta carência nutricional, vem cada vez mais, ganhando espaço durante a atenção pré-natal, especialmente entre as pacientes gastroplastizadas”, diz Maria José Carrari.

Prevenção de Gravidez na Adolescência


A gravidez na adolescência regrediu 34% na década passada, segundo dados do Ministério da Saúde, mas ainda é preocupante. O Instituto Kaplan, que desenvolve metodologia e capacita profissionais para atuar em educação sexual, acredita que o papel da escola é essencial na precaução e prevenção da gravidez.
O dia 26 de setembro é dedicado mundialmente à Prevenção de Gravidez na Adolescência. A diretora do Instituto Kaplan, Maria Helena Vilela, é educadora sexual e fala sobre prevenção.
A gravidez na adolescência tem diminuído no Brasil?
O trabalho com os adolescentes está tendo uma resposta positiva. Em 2004, quando nós começamos o trabalho do Projeto Vale Sonhar, o índice de gravidez na adolescência no Brasil era em torno de 28 %. Hoje, a última referência que nós temos do DATASUS é de 2007, e estes dados nos mostra que houve uma diminuição de quase 8 pontos percentuais. Então atualmente, esse índice está em torno de 20% de gravidez na adolescência no Brasil. Isso mostra que todo o trabalho com a educação sexual, de prevenção que vem sendo feito, pode ter tido sim, um impacto positivo na vida desses jovens e contribuído para a redução desses números de gravidez na adolescência.
É essencial que haja educação sexual nas escolas?
Sem dúvida. A gravidez na adolescência tem muitos fatores, mas sem dúvida nenhuma, a educação sexual é um dos principais que interferem na decisão ou na condição de uma jovem de engravidar na adolescência. É fundamental que os adolescentes não apenas saibam, mas de fato tenham consciência do porque este corpo se reproduz, o impacto que uma gravidez pode trazer na vida deles, e como evitar em um momento que eles não estão prontos para isso. Portanto, o trabalho com educação sexual é imprescindível na vida desses jovens. Vale ressaltar a informalidade com que a questão sexual é tratada hoje em dia e muitos jovens não estão preparados para viver neste ambiente liberal criado pela própria sociedade. A facilidade que veio com o avanço da ciência, como exames de DNA e pílulas anticoncepcionais permite que o sexo não mais seja visto apenas com o objetivo de reprodução. Se sexo faz parte da vida do homem, portanto é natural que, se houver estimulo sexual, estes meninos reajam a estes estímulos e se desejem. Portanto, eles precisam ser bem preparados para esta realidade em que eles vivem hoje, daí a importância do trabalho de educação nas escolas, via internet, nos postos de saúde, enfim, onde os jovens estiverem. O que eles precisam é de um espaço para que eles tenham consciência de que adolescência não é o melhor momento para eles terem um filho.
Essa liberdade de informação da internet não atrapalha os jovens a dividir o que é o joio do trigo? Como o Instituto Kaplan está usando essas novas ferramentas de informação para também balizar o jovem?
A internet abre o espaço para que os jovens tenham acesso a todo o tipo de informação e obviamente, separar o joio do trigo para o jovem é muito difícil. Então o papel do Instituto Kaplan como uma instituição educadora nesta área de sexualidade é já dar o joio separado do trigo. E é isso que nos procuramos fazer no nosso trabalho, buscar a atenção do jovem para aquilo que ele de fato precisa saber e saber usar a sua sexualidade em seu benefício e não contra ele mesmo. Por isso, não negamos a nenhum jovem qualquer tipo de informação que eles queiram saber e sempre nos baseamos em critérios científicos e de investigações que nós ou outros profissionais de outras instituições tenham feito que embasam o nosso trabalho e as nossas observações a fazer para eles.
O Instituto Kaplan tem um trabalho pioneiro, que é o Projeto Vale Sonhar que em alguns estados como Alagoas, São Paulo e Espírito Santo já é uma política pública que é o ensino da educação sexual com base no futuro, com os sonhos do futuro, dentro da disciplina de biologia. Quais têm sido os resultados efetivos dessa ação?
Os resultados são bem animadores! Nós conseguimos obter por meio de um trabalho de multiplicador (em que instruímos o coordenador pedagógico para que ele prepare os seus professores para realizar as oficinas do Vale Sonhar), uma diminuição de 50% do número de gravidez nas escolas das cidades Serra e Cariacica (ES) em 2008 e 2009. A partir dessa experiência, esse trabalho foi expandido para todo o estado do Espírito Santo. No estado de Alagoas que foi um trabalho desenvolvido em 2008 e 2009, também por este meio de multiplicador, conseguimos obter um resultado em torno de 35% de diminuição no número de gravidez na adolescência. Este trabalho, que foi o primeiro realizado na Secretaria de Educação do Estado de Alagoas, foi implantado em todas as escolas estaduais do estado, onde todos os municípios puderam desenvolver um trabalho monitorado pelo Instituto Kaplan em todos os momentos. São Paulo, que já é uma rede infinitivamente maior, (enquanto em Alagoas nós temos 187 escolas no estado inteiro de Ensino Médio, em São Paulo nós temos uma rede de 3.668 escolas), é um universo fantástico e o Instituo Kaplan fica muito feliz que esta secretaria tenha implementado a metodologia do Vale Sonhar dentro da matéria de biologia. E com isso, a gente conseguiu nesta primeira avaliação de 2008 e 2009, uma diminuição em torno de 20% do número de jovens que deixaram de ficar “grávidos” após as oficinas do Vale Sonhar. Isso é um dado muito significativo, já que na rede de São Paulo, são 600.000 alunos e podemos inferir que aproximadamente 60.000 jovens deixaram de engravidar nesse ano de 2009. É um resultado muito gratificante não só para o Instituto Kaplan como para todos nós que queremos que os nossos jovens e nossa população tenham uma melhor qualidade de vida.
Qual a reflexão que o Instituto Kaplan deixa para a Prevenção da Gravidez na adolescência?
A reflexão é para os pais e não para os jovens. Embora os adolescentes tenham vida própria, eles são frutos de uma educação, isto é, boa parte do que fazem e acreditam ainda está no núcleo familiar. O que eu gostaria de dizer para os pais é que sexo faz parte da vida da gente, é uma necessidade como outra qualquer e não é por si só ruim, pelo contrário sexo é uma coisa boa. Agora se ele não for bem trabalhado, se a pessoa não souber como lidar com a questão sexual, isto pode trazer conseqüências negativas para a vida delas. Ou nós começamos a refletir sobre a vida sexual como algo positivo, na qual nós precisamos de fato olhar para ela com carinho e estimular os nossos filhos a buscarem consultas médicas, e usarem os métodos contraceptivos ou o que nós vamos ter aí é uma dificuldade que vai além das possibilidades do Instituto Kaplan. Nós vamos até um ponto, mas agora, nós precisamos da ajuda das famílias, de toda a comunidade, para que a gente perceba que hoje em dia não dá mais para as meninas largarem a escola por causa de uma gravidez na adolescência.

Mania de dieta pode trazer prejuízos para mãe e bebê


 
Diminuir radicalmente as calorias da dieta e realizar atividades físicas em excesso com objetivo de controlar o peso durante a gravidez pode prejudicar, e muito, a saúde da mãe e do bebê. É o que afirma a Dra. Maria Del Rosario, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), no Congresso Brasileiro de Nutrologia, ao alertar sobre a pregorexia – um comportamento alimentar de alto risco cada vez mais comum em mulheres grávidas.
“O termo pregorexia deriva da mistura das palavras ‘pregnancy’, que significa gravidez em inglês, e ‘orexia’, de orexis, que significa apetite”, explica a médica. Segundo ela, não existe uma tradução específica para o português – a maior aproximação seria o termo ‘gravidorexia’. “A pregorexia foi abordada recentemente no Journal of the American Dietetic Association”, comenta.
Para a especialista, a valorização cultural da magreza e a pressão exercida pela sociedade, com imagens de mulheres grávidas magérrimas – geralmente famosas que aparecem na mídia – contribuem para o início dos quadros de pregorexia. Ela aponta que, após isso, são necessários múltiplos fatores – genéticos, biológicos, psicológicos, familiares, precipitantes e mantenedores – para o desenvolvimento de um transtorno alimentar mais grave, como anorexia ou bulimia nervosa.
A Dra. Rosario salienta que o estado nutricional da grávida é reconhecido como um importante fator para uma gestação saudável e sem complicações. Por isso, na pregorexia, o IMC baixo e a falta de nutrientes podem ser indicadores de uma gravidez de risco, com aumento da incidência de nascimentos prematuros e crescimento fetal restrito. “Há também um risco maior de mortalidade materna”, ressalta. “As grávidas que já tiverem algum transtorno alimentar podem ter outros problemas mais graves, como, por exemplo, complicações cardiovasculares, digestivas, endócrinas, hematológicas e ósseas”.
Diagnóstico rápido favorece chances de recuperação
“Os médicos nutrólogos precisam estar atentos para saber diagnosticar e diferenciar as mulheres com sintomas de um transtorno alimentar, daquelas que estão apenas com um descontentamento da imagem corporal durante a gravidez”, observa. O tratamento deve ser sempre multidisciplinar – médicos nutrólogos, psiquiatras, psicólogos e nutricionistas. “Quanto antes for diagnosticado o quadro, maior a possibilidade de recuperação total”, garante.
Ela destaca que a avaliação e o tratamento nutrológico, com o diagnóstico das deficiências de nutrientes, vitaminas e minerais, são fundamentais para adequar o melhor aumento de peso durante a gravidez, de acordo com as características de cada grávida. “É importante lembrar que as dietas da moda e os planos de exercícios físicos exagerados durante a gravidez e sem acompanhamento médico adequado podem causar consequências graves à saúde”, completa. A Dra. Rosario informa ainda que, o ganho de peso durante a gravidez, deve ser levado em conta o peso inicial da mulher.
Quanto deve engordar uma mulher grávida, segundo a Associação Brasileira de Nutrologia:

O que comer na gravidez e na amamentação?


 
Com uma nutrição saudável e equilibrada você garante um bom desenvolvimeto de seu bebê, e uma gestação melhor.
A nutrição desempenha um importante papel na gestação. Foi demonstrado através de testes laboratoriais que dietas deficientes causam efeitos prejudiciais tanto à mãe quanto ao feto. Constatado por alguns estudos que a má nutrição materna pode ser uma causa de deficiência no crescimento, resultando em bebês pequenos e de baixo peso.
As conseqüências da má nutrição para o feto dependem do período, severidade e duração da restrição dietética. Adicional energia, proteínas, vitaminas e minerais são requeridos durante a gravidez para suportar a demanda metabólica da gravidez e do crescimento fetal. Relata Jana Mombelli.
Adicionando Energia à Sua Dieta
Encontrar o requerimento energético ideal é difícil, porque ele está correlacionado com o peso da mulher antes da gravidez, o ganho de peso, período da gestação e a atividade física. De acordo com as Quotas Dietéticas Recomendadas (RDAs) é necessário um adicional de 300Kcal no período da gestação, em especial no segundo e terceiro trimestre.
Adicionando Proteínas à Sua Dieta
Ocorre a necessidade de um adicional proteíco para suportar a síntese de tecidos maternal e fetal. É importante compreender que é importante adequar a alimentação em relação a energia e proteína. O crescimento é um processo complexo que requer mais do que um fornecimento adequado de proteínas e energia. Para garantirmos uma gestação saudável, ocorre a necessidade de uma ingestão de vitaminas e minerais dietéticos e/ou suplementados.
Adicionando Vitaminas e Minerais à Sua Dieta
Todos as vitaminas e minerais são de suma importância. Na gestação, podemos dar maior ênfase ao acido fólico, acido ascórbico, vitaminas B6, A, D, E, K, cálcio, fósforo, ferro, zinco, cobre, sódio, magnésio, flúor e iodo. Para suprir as nossas necessidades é extremamente importante uma alimentação diversificada incluindo cereais, produtos integrais, oleaginosas, frutas, legumes, verduras, laticínios e carnes nas quantidades recomendadas. Os minerais e as vitaminas possuem funções específicas que garantem a saúde da mãe e o perfeito desenvolvimento fetal. É fundamental que a “futura mamãe” tenha hábitos alimentares saudáveis e “escolha” os alimentos corretamente garantindo a ingestão de todos os nutrientes necessários.
A Dieta da Mãe que Amamenta
O mesmo podemos dizer para as mães que amamentam, pois durante este período há um aumento das necessidades energéticas em função do grande gasto calórico para a produção do leite. A mãe que está amamentando não pode esquecer de ingerir líquidos em grandes quantidades, principalmente água (pelo menos um litro por dia), chás e sucos. O baixo consumo de líquido pode levar a uma diminuição da produção de leite
Precauções Necessárias para as Mães que Amamentam
*Evitar grandes quantidades de café, chá preto, chocolate, alimentos com corante, alimentos light e adoçantes;
*Não exagerar em temperos de odor forte, como o alho;
*Não fumar nem fazer uso de bebidas alcóolicas;
*Procurar comer peixe duas a três vezes na semana;
*Não tomar medicamentos sem orientação médica, pois algumas drogas podem ser transmitidas para o leite.
É fundamental que essas fases “especiais de nossas vidas” sejam muito bem programadas e orientadas por profissionais competentes para garantirmos a nossa saúde e a de nossos filhos.

Má alimentação na gravidez pode criar filho estressado


 
Segundo um recente estudo do Centro Nacional de Pesquisas de Primatas, em Beaverton, no Estado americano do Oregon, afirmam que, na verdade, nós também somos o que nossas mães comem. As informações são do site Live Science, publicado pelo Blog Zazou.
Segundo o estudo, quando macacas que estão esperando um filhote consomem uma dieta com alto nível de gordura, os filhotes são mais ansiosos e estressados se comparados àqueles cujas mães tiveram uma dieta mais saudável. Outros estudos já indicaram que uma dieta rica em gordura durante a gestação levava a problemas físicos dos filhos, mas é o primeiro a indicar conseqüências à saúde mental.
Segundo os pesquisadores, a similaridade entre a fisiologia dos homens com os demais primatas e a dieta seguida por muitas grávidas, principalmente nos Estados Unidos, tornam os resultados do estudo assustadores.
“Mesmo se nós pegarmos a prole, após ela ser desmamada, e colocá-la em uma dieta normal, saudável, a susceptibilidade ao estresse e à ansiedade permanece”, diz o pesquisador Kevin Grove ao site.
Segundo o pesquisador, o experimento indica ainda que o fato de uma mãe estar fora do peso, mesmo sendo obesa, não influencia desde que sua dieta seja saudável. O contrário também é verdadeiro, conforme indica a pesquisa: mães magras com alimentação rica em gordura também trarão o resultado negativo para a prole.
Os pesquisadores indicam ainda que o problema estaria na serotonina, um neurotransmissor que contribui para o sentimento de bem estar. Os fetos de mães com a dieta com alto nível de gordura mostraram rupturas no sinal de serotonina.
Os cientistas acreditam que a dieta inadequada causa inflamações na placenta, o que deixa o feto exposto a proteínas inflamatórias chamadas citocinas e que causariam as interrupções nos sinais de serotonina no cérebro.

Alimentação correta e saudável para grávidas


Durante a gestação, os bebês se desenvolvem muito rapidamente e uma alimentação correta e balanceada é fundamental para seu crescimento saudável.
Uma boa alimentação para mulheres grávidas
Procure fazer de 4 a 6 refeições por dia. Não fique muito tempo sem comer. Beba uma boa quantidade de água (mais ou menos 8 copos por dia), preferencialmente nos intervalos das refeições.
Inclua na alimentação diária muitas verduras como agrião, alface, brócolis, couve, etc. Pelo menos 1 prato de sobremesa no almoço e no jantar. Legumes também são fundamentais para que você adquira os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê, abóbora, cenoura, chuchu, repolho, beterraba, quiabo, jiló são ótimos 2 vezes ao dia no almoço e no jantar.
Frutas são indispensáveis, 3 porções por dia distribuídas nas refeições está de bom tamanho:1 unidade ou fatia por vez. Exemplo: 1 maçã ou uma banana inteira ou 1 fatia de melancia ou abacaxi. Sempre que possível, use pelo menos 1 fruta rica em vitamina C como laranja, limão, tangerina, goiaba, manga, caju ou acerola.
O feijão é um grão fundamental para a mamãe e o bebê. Ervilha, lentilha, soja e grão de bico também traz benefícios, procure ingerir 1 concha rasa em cada refeição, no almoço e no jantar.
As carnes também tem um papel importante nesse período especial da sua vida: aves, peixes, carne bovina são recomendados pelo menos 2 vezes ao dia.
Entre os cereais fique com arroz e o milho. No campo das raízes, não deixe faltar batata, mandioca, inhame, cará, batata doce, pelo menos 2 vezes ao dia.
Pães ou biscoito, cuscuz, beiju, aveia ou fubá também são aconselháveis 2 vezes ao dia. Nos lacticínios, queijo, coalhada ou iogurte 2 vezes ao dia, de preferência no café da manhã ou lanches.
Evite alimentos que prejudiquem a alimentação saudável, tais como: salgadinhos, frituras, alimentos gordurosos, refrigerantes, balas, doces, bebidas alcoólicas. Evite excesso de açúcar, óleo e sal.
Para evitar a anemia por falta de Ferro, aproveite as carnes e vísceras (fígado, miúdos, rim, coração), vegetais verde-escuros (cheiro-verde, coentro, salsa, hortelã, acelga, agrião, brócolis, couve, beldroega, orapronóbis), semente de abóbora, feijão, ervilha, lentilha ou grão de bico ou soja.
É importante consumir pelo menos 3 porções de frutas por dias. Dê preferência às ricas em vitamina C.
Não tome chás freqüentemente, principalmente o chá preto ou chá mate durante ou após as refeições.
No caso de náuseas ou vômitos, o aconselhável é comer de 4 a 6 refeições por dia em pequenos volumes. Inicie a primeira refeição com alimentos mais secos (biscoitos, beiju, pães, torradas). Evite frituras e alimentos gordurosos, assim como beber líquidos durante as refeições. Evite também deitar logo após as refeições.
Logo acima da base alimentar estão dois grupos, um formado por vegetais e o outro por frutas. Esses alimentos sempre foram reconhecidos pelo alto teor de vitaminas e minerais que eles contém, porém hoje em dia sabe-se que nestes alimentos encontramos também os compostos bio ativos que são excelentes auxiliares na prevenção e no tratamento de várias doenças. As frutas e verduras também são boas fontes de fibras dietéticas mas essas são diferentes das fibras contidas nos cereais integrais.
Na base da pirâmide estão os alimentos que devem ser a base da nossa alimentação. Pães, massas, batatas, arroz, entre outros, são alimentos ricos em carboidratos. Os carboidratos podem ser simples (açúcares) ou complexos (amido). Ambos têm como principal função fornecer energia ao nosso corpo. A energia é medida em calorias. Se  ao invés de utilizarmos alimentos refinados usarmos alimentos integrais, os alimentos desse grupo serão também fonte de fibras dietéticas (outro tipo de carboidrato), que têm um papel fundamental na nossa saúde.

Alimentação saudável na gravidez


Ajuste sua alimentação, mesmo que ela já seja boa

Agora que você está grávida, é importante tentar aumentar a ingestão de determinadas vitaminas e sais minerais (como ácido fólico e ferro). O consumo de calorias pode aumentar um pouquinho conforme a gravidez avança.

Se você não era de se preocupar muito com a comida, agora vale a pena passar a fazer refeições mais pensadas e equilibradas. Limite a quantidade de guloseimas e de fast food, que têm muitas calorias e poucos nutrientes.

Durante a gravidez, seu corpo trabalha de forma ainda mais eficiente, tirando o máximo de energia do que você come. Por isso, nos primeiros seis meses de gestação a maioria das mulheres nem precisa comer mais do que já comia. Só nos últimos três é que é aconselhável comer 200 calorias a mais, mas isso não quer dizer quase nada, já que 200 calorias equivale a meras duas torradas com manteiga, por exemplo.

Guie-se pelo seu apetite, que pode variar dependendo da fase da gravidez. Nas primeiras semanas ele pode sumir, por causa do enjoo. Mas às vezes, em especial à noite (ou no meio da madrugada), é provável que você sinta a necessidade súbita de comer alguma coisa para preencher um "buraco no estômago".

No segundo trimestre, seu apetite deve ficar igual ao que era, ou um pouco maior. No terceiro, você deve ficar com mais fome, mas precisa tomar cuidado porque serão mais frequentes a azia e a má digestão.

Se você estiver engordando pouco e seu médico estiver satisfeito, não precisa ficar controlando a alimentação. Só tente comer as comidas certas.

Quais são as comidas erradas?

A grávida pode comer quase tudo, mas deve evitar alguns tipos de alimentos. São eles:

• peixes e frutos do mar crus, como ostras e sushi (o sushi pode ser ingerido se o peixe tiver sido congelado antes).

• queijos de casca branca, como brie e camembert, e queijos com fungos, como roquefort e gorgonzola. Evite também queijos do tipo frescal (ou "minas"), que podem ser feitos com leite não-pasteurizado. O problema é a possível presença de uma bactéria que causa a listeriose, doença que pode prejudicar o bebê.

• carne bovina malpassada ou crua (como carpaccio), carne de porco malpassada e ovos crus (como massa de bolo, gemada, ovo frito com gema mole e algumas sobremesas -- musses, por exemplo). A precaução é para evitar bactérias que possam afetar o bebê.

• bife de fígado e miúdos, para evitar a sobrecarga da forma retinóica da vitamina A, que pode ser prejudicial ao feto.

• cação, peixe-espada e tubarão, que podem conter níveis perigosos de mercúrio. O atum deve ser limitado a quatro latas por semana ou dois filés frescos por semana, pelo mesmo motivo. Outros peixes são seguros e fazem bem ao bebê e a você. As recomendações quanto ao mercúrio valem também para quem está pensando em engravidar e para o período de amamentação.

• se você tiver na família pessoas com alergias (a nozes, castanhas ou amendoim, por exemplo), é bom evitar esses alimentos na gravidez.

• bebidas alcoólicas. O consumo de álcool pode causar sérios problemas no bebê, por isso os especialistas recomendam cortar totalmente as bebidas alcoólicas na gravidez.

• bebidas e alimentos com cafeína. Pesquisas ligaram o consumo de mais de 300 mg de cafeína por dia ao risco de aborto espontâneo e de a criança nascer com baixo peso, e um estudo especulou que até doses bem pequenas de cafeína já podem influenciar na perda do bebê. Não tome mais que três xícaras de café por dia, e, se possível, prefira bebidas descafeinadas.

Tome vitamina pré-natal

Num mundo ideal -- em que não existisse enjoo, por exemplo --, não seria tão difícil manter uma alimentação equilibrada. Mas, no mundo real, é mais garantido recorrer a um suplemento vitamínico pré-natal para ter certeza de que seu corpo receberá todos os nutrientes de que precisa. Converse com seu obstetra.

O ácido fólico é um suplemento especialmente importante, que deve ser tomado até antes de engravidar, e durante os três primeiros meses da gestação. A deficiência desse tipo de vitamina B está ligada a problemas na formação neurológica do bebê, como a espinha bífida. A recomendação mínima é de 400 mcg de ácido fólico ao dia.

Os médicos costumam receitar um suplemento mais completo, com várias vitaminas e ferro, a partir do terceiro mês, quando os enjoos melhoram e a vitamina é mais bem tolerada pelo estômago.

Se você for vegetariana ou tiver algum problema de saúde como diabete, diabete gestacional, pré-eclâmpsia ou anemia, ou se no passado já teve um bebê de baixo peso, o médico provavelmente terá orientações especiais para a sua alimentação, ou ele pode encaminhá-la para um nutricionista.

Lembre-se, porém, de que nem sempre a vitamina é boa. Suplementos de vitamina A contêm retinol, por exemplo, que pode ser tóxico ao bebê em grandes quantidades.

Não faça regime

Fazer dieta durante a gravidez pode prejudicar o bebê e você também. Dependendo do tipo de regime, você pode ficar com deficiência de ferro, de ácido fólico e de outras vitaminas e sais minerais importantes. Lembre-se de que engordar faz parte da gravidez.

Mulheres que comem bem e que engordam o recomendável têm mais probabilidade de ter bebês saudáveis. Se você está comendo alimentos saudáveis e está engordando, relaxe: é isso que tem de acontecer! Quem era bem magra antes de engravidar tem mais "tolerância" para engordar.

Se você já estava acima do peso antes de engravidar, pode melhorar a qualidade da sua alimentação, eliminando guloseimas e comidas gordurosas demais e começando a fazer atividade física (sempre consultando o médico antes). Nesse caso, pesquisas já mostraram que não há problema em não engordar nada durante a gravidez, ou até emagrecer, pois as reservas de gordura acumuladas no seu corpo vão suprir as necessidades calóricas do bebê.

Engorde aos poucos

O ganho de peso varia de mulher para mulher, e depende de vários fatores. Em países como o Reino Unido a balança já nem faz mais parte das consultas do pré-natal, porque os médicos não vêem necessidade de um controle rígido do peso.

A média de ganho de peso na gravidez parece estar entre 8 e 15 kg. Mas, em vez de pensar na balança, concentre-se na qualidade do que come: muita fruta, legumes e verduras, boas quantidades de proteína e só um pouco de gordura e açúcar. Para saber mais, consulte nosso artigo sobre ganho de peso na gravidez.

Faça pequenas refeições em intervalos regulares

Mesmo que não esteja com fome, é melhor não deixar o estômago muito tempo vazio. É aconselhável fazer cinco ou seis pequenas refeições em vez das três grandes refeições tradicionais, principalmente se você estiver sofrendo muito com enjoos, azia ou má digestão.

Não pule refeições, porque o bebê precisa estar constantemente alimentado.

Uma guloseima aqui ou ali não faz mal

Não há por que abrir mão de tudo o que você gosta só porque está grávida. Mas também não é bom deixar que alimentos industrializados, salgadinhos e doces formem a base da sua alimentação.

Na hora da vontade de comer aquela guloseima, experimente colocar uma banana no microondas com um pouco de canela, ou tome uma batida de iogurte com frutas congeladas. Você só tem a ganhar se conseguir achar uma guloseima "mais saudável"!

E, de vez em quando, por que não mergulhar naquele maravilhoso bolo de chocolate ou num brigadeiro? Aproveite cada pedacinho, você merece!