Má alimentação na gravidez pode criar filho estressado


 
Segundo um recente estudo do Centro Nacional de Pesquisas de Primatas, em Beaverton, no Estado americano do Oregon, afirmam que, na verdade, nós também somos o que nossas mães comem. As informações são do site Live Science, publicado pelo Blog Zazou.
Segundo o estudo, quando macacas que estão esperando um filhote consomem uma dieta com alto nível de gordura, os filhotes são mais ansiosos e estressados se comparados àqueles cujas mães tiveram uma dieta mais saudável. Outros estudos já indicaram que uma dieta rica em gordura durante a gestação levava a problemas físicos dos filhos, mas é o primeiro a indicar conseqüências à saúde mental.
Segundo os pesquisadores, a similaridade entre a fisiologia dos homens com os demais primatas e a dieta seguida por muitas grávidas, principalmente nos Estados Unidos, tornam os resultados do estudo assustadores.
“Mesmo se nós pegarmos a prole, após ela ser desmamada, e colocá-la em uma dieta normal, saudável, a susceptibilidade ao estresse e à ansiedade permanece”, diz o pesquisador Kevin Grove ao site.
Segundo o pesquisador, o experimento indica ainda que o fato de uma mãe estar fora do peso, mesmo sendo obesa, não influencia desde que sua dieta seja saudável. O contrário também é verdadeiro, conforme indica a pesquisa: mães magras com alimentação rica em gordura também trarão o resultado negativo para a prole.
Os pesquisadores indicam ainda que o problema estaria na serotonina, um neurotransmissor que contribui para o sentimento de bem estar. Os fetos de mães com a dieta com alto nível de gordura mostraram rupturas no sinal de serotonina.
Os cientistas acreditam que a dieta inadequada causa inflamações na placenta, o que deixa o feto exposto a proteínas inflamatórias chamadas citocinas e que causariam as interrupções nos sinais de serotonina no cérebro.